A HISTÓRIA DA GUINE BISSAU

 

Amilcar Cabral

 

A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até ao século XVIII.

Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo Verde estiveram dentre as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses. O navegador português Álvaro Fernandes chegou à Guiné em 1446 e reclamou a posse do território, porém, poucas feitorias de comércio foram estabelecidas antes de 1600. A ocupação do território pela Coroa portuguesa só se deu a partir de 1558 com a fundação da vila de Cacheu. E foi criada em 1630 a Capitania-Geral da Guiné Portuguesa para a administração do território. A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico negreiro.

Embora os rios e as costas desta área estivessem entre os primeiros locais colonizados pelos portugueses e aí tenham iniciado o tráfico de escravos com a instalação de feitorias no século XVII, o interior não foi explorado até ao século XIX.


A luta pela independência

 

 

Durante três séculos constituiu a colónia da Guiné Portuguesa. Em 1956 iniciou-se uma rebelião liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fundado pelo intelectual cabo-verdiano Amílcar Cabral, que estava no exílio em Conacri. A guerrilha do PAIGC consolidou o seu domínio do território em 1973, mas, no mesmo ano, Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri. A independência chegou com a Revolução dos Cravos portuguesa de 1974, tendo sido antes declarada unilateralmente a 24 de Setembro de 1973. A 10 de Setembro de 1974, Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa na África a ter reconhecida a sua independência.


O governo de partido único do PAIGC

 

 

O irmão de Amílcar Cabral, Luís de Almeida Cabral, foi empossado como o primeiro presidente da República da Guiné-Bissau. Instituiu-se um governo de partido único de orientação marxista controlado pelo PAIGC e favorável à fusão com a também ex-colónia de Cabo Verde. O governo de Luís Cabral enfrentou sérias dificuldades que chegaram a provocar a escassez de alimentos no país. Luís Cabral foi deposto em 1980 por um golpe militar liderado pelo general João Bernardo Vieira, chefe de altos quadros do PAIGC. Com o golpe, a ala cabo-verdiana do PAIGC separou-se da ala guineense do partido, o que faz frustrar o plano de fusão política entre Guiné-Bissau e Cabo Verde. Ambos os países romperam relações, que somente seriam reatadas em 1982.

O país foi controlado por um conselho revolucionário até 1984, ano em que a Guiné-Bissau ganhou a sua actual Constituição. Nesse período, todas as alas de extrema-esquerda do PAIGC foram dissolvidas.

A transição democrática iniciou-se em 1990. Em Maio de 1991, o PAIGC deixou de ser o partido único com a adopção do pluripartidarismo. As primeiras eleições multipartidárias tiveram lugar em 1994. Na ocasião, o PAIGC obteve maioria na Assembleia Nacional Popular e João Bernardo Vieira foi eleito presidente da República.


Guerra civil e instabilidade política

 

 

Uma insurreição militar em Junho de 1998, liderada pelo general Ansumane Mané, levou à deposição do presidente Vieira e a uma sangrenta guerra civil. Mais de 3 mil estrangeiros fogem do país. O conflito somente se encerrou em Maio de 1999, quando Ansumane Mané entregou a presidência provisória do país ao líder do PAICG, Malam Bacai Sanhá, que convocou eleições gerais.

Em 2000 realizaram-se as eleições e Kumba Yalá, do Partido da Renovação Social (PRS), foi eleito, derrotando Sanhá com 72 por cento dos votos. Yalá formou um governo de coligação entre o PRS e a Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Bafatá. Em Novembro de 2000 Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais em uma fracassada tentativa de golpe.

Em Setembro de 2003 teve lugar um novo golpe encabeçado pelo general Veríssimo Correia Seabra, durante o qual os militares prenderam Kumba Yalá por ser "incapaz de resolver os problemas" do país. Henrique Rosa foi colocado como presidente provisório até novas eleições. Em Março de 2004 o PAIGC venceu as eleições na Assembleia Nacional ficando com 45 das 100 cadeiras em disputa. O PRS, segundo mais votado, obteve 35 cadeiras. O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, foi indicado como primeiro-ministro. Em Outubro de 2005 João Bernardo Vieira foi reconduzido à presidência da Guiné-Bissau.

 

 


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